Automação a serviço do varejo

O avanço da tecnologia no mercado varejo tem como objetivo automatizar processos e simplificar o trabalho braçal, muitas vezes realizado por um número excessivo de pessoas. O atual momento do varejo é reduzir custos com pessoas ou, se possível, cortá-los por completo com a implementação programas tecnológicos.

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil) revela números do processo de automação da indústria varejista no País. A associação entrevistou todas as empresas associadas, número que ultrapassa 50 mil, para saber como a tecnologia está sendo utilizada a favor da gestão de vendas.

No relacionamento com fornecedores, 57% dos entrevistados afirmaram ter sistemas automatizados. Porém, as inovações são condições que grandes parceiros impõem para agilizar o processo e evitar falhas. “Se não fossem essas condições, nenhuma empresa se preocuparia em automatizar suas relações com fornecedores, que incluem pedidos de compra e relatório de vendas digitais”, aponta Edson Matos, assessor de Soluções de Negócio da GS1 Brasil.

No setor de transportes a história é bem parecida. A falta de disseminação de informações sobre a automação atrasa o crescimento de pequenas e médias empresas. Apenas 43% dos varejistas possuem processos autônomos de transporte, como gestão de frota via software e gerenciamento virtual de entrega e coleta de cargas.

A rotina automatizada é a única prioridade para a maior parte das companhias, 83% delas empregam softwares de monitoramento de veículos. Mas a prioridade neste caso é de segurança e não da logística de trabalho.

Maturidade

Analisando as entrevistas a instituição varejista pôde estabelecer uma visão de uso das tecnologias. “Dividimos esse cenário em quatro etapas: fornecedores, centro de distribuição, transporte e loja. Abrangendo toda a estrutura comercial das empresas”, explica Edson Matos.

A pesquisa dimensionou todas as ações em que as tecnologias envolvidas no processo de vendas foi automatizada parcial ou integralmente. “A automação traz muitos benefícios para o setor de varejo, mas ainda falta conscientização dessas vantagens por parte dos usuários”, afirma Matos.

Os setores de centro de distribuição e loja são os que mais sofreram inovações, graças aos resultados palpáveis de suas melhorias. Segundo a pesquisa da GS1, os números obtidos desses setores se devem ao fato dos resultados serem de fácil constatação. “A automação de centros de distribuição, utilizando ferramentas de identificação, agilizaram o processo de reposição de estoque e gerenciamento de filiais”, explica o assessor.

Processo em evolução

A ferramenta de identificação mencionada é o famoso código de barras, utilizado em mais de 150 países. E se por um lado os centros de distribuição sem adequaram de forma esmagadora, com 82% já automatizados, aos padrões de identificação e leitura de dados. O segmento Loja é o que mais ganhou com as inovações tecnológicas dos quatro setores.

A prioridade dos investimentos no setor se deve a importância dada aos pontos de vendas pelos varejistas. “As lojas e os clientes finais ainda são as meninas dos olhos dos vendedores, mas aos poucos, de cima para baixo, as empresas estão percebendo as vantagens da automação”, diz Matos.

Segundo a pesquisa, ainda falta muito para que as empresas empreguem a automação em todas as suas funções. A falta de informações e de interesse dos varejistas são os maiores problemas enfrentados para a concretização dos padrões tecnológicos que visam aprimorar todo o processo de vendas no Brasil.

Fonte: http://www.decisionreport.com.br

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