Inovação e a logística

4 de junho de 2012, by , Posted in Notícias, Comentários desativados
O contexto econômico do mundo na atualidade vem dando sinais para as empresas de que suas estratégias de negócios devem estar alinhadas com as necessidades dos clientes, que hoje se encontram nos quatro cantos do mundo. O cliente hoje, globalizado e muito mais exigente, quer ser encantado, busca por novidades e quer ser instigado a consumir coisas novas que possam lhe dar satisfação e por que não dizer diferenciação.

Assim, nesta situação, é imperativo para a permanência no mercado que as empresas estejam atentas à evolução dos “desejos” dos clientes e procurem a aquisição de novas tecnologias, novas estratégias de gestão e intensa atualização de informações, que impactem eficazmente sobre os seus negócios.

Dentre inúmeros aspectos que auxiliam para a atingimento desta tarefa, tem-se como claro alguns pontos que causam diferenciação para as empresas: marketing, LOGÍSTICA, gestão de RH, qualidade etc e, entre estes, o desenvolvimento em pesquisa e novas tecnologias (ou seja, inovação).

De algum tempo, verifica-se no mercado um movimento que pode ser chamado de “corrida contra o tempo”. Empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento lançam sistematicamente novos produtos no mercado, os quais são rapidamente “copiados” pela concorrência (mercado), tornando-se em pouco tempo commodities. É um ciclo infindável que exige assim a procura firme e incansável pelo novo. E o investimento nesta área não é uma atividade barata, passageira ou de resultados rápidos.

A busca por inovação não se apresenta como uma tarefa simples; requer método, tempo e persistência. Exige o envolvimento de todas as áreas dentro da organização; exige a formação de grandes equipes multidisciplinares que buscam a garantia de que toda a empresa caminhará na mesma direção.

A Apple (empresa americana fabricante do iPod e do iPhone), uma das empresas de grande visibilidade no quesito inovação, deixa claro em recente matéria da revista Exame – “Sete lições da Apple que podem turbinar qualquer empresa”, em seu 3º ponto, ela, a inovação.

Na procura por inovação, grandes empresas investem enormes quantidades de dinheiro.
Uma pesquisa realizada pela consultoria Booz Allen Hamilton mostra que, entre as mil empresas no mundo que mais investem dinheiro em pesquisa e desenvolvimento, a Apple aparecer na 138ª posição, com investimentos de 534 milhões de dólares. A primeira da lista, a Ford, investe 16 vezes mais.

Um dos paises participante do chamado BRIC, a China vem desenvolvendo uma corrida fantástica pela inovação (provavelmente para tentar quebrar o título de campeão em pirataria). Os chineses investem 136 bilhões de dólares por ano para tornar-se uma referência nesta área. O número de pesquisadores no país quase dobrou em 5 anos chegando em 2004 a quase 1 milhão e, a solicitação de patentes pulou de 25 mil em 1997 para 173 mil em 2005 e, a exemplo dos EUA (MIT) a China tem o seu centro de excelência em pesquisa, a Universidade Tsinghua, que possui aproximadamente 250 incubadoras.

No Brasil, infelizmente os números são desanimadores no que diz respeito à pesquisa, número de patentes, empresas incubadoras e tudo mais que possa conduzir a uma situação de inovação consistente.

Inovação é fundamental em todas as áreas do conhecimento e para a Logística não é diferente. Carecemos de investimentos e pesquisadores para a Logística. No Brasil temos um centro de pesquisas tradicional baseado na UFRJ e, outras instituições de ensino, começam a “engatinhar” nesta área. O Estado ainda não deu a devida importância para a LOGÍSTICA a qual pode, com certeza, colaborar em muito para a diminuição do tão conhecido “Custo Brasil”, bem como aumentar aquilo que é fundamental para um país dito globalizado, a COMPETITIVIDADE.

Podemos dizer que hoje o papel da inovação está tão somente a cargo das empresas. Elas têm buscado soluções que lhes permitam a diferenciação e a sobrevivência no mercado.

Temos uma gama de exemplos de muitas empresas que vêm adotando práticas inovadoras e que servem de benchmarking para as demais, alimentando aquele ciclo anteriormente citado.

Estratégias que levam a aproximação com fornecedores e clientes, ajudando no desenvolvimento do produto ou estreitando o relacionamento com os clientes (CRM – gerenciamento do relacionamento com o cliente), o compartilhamento de estoques, a centralização e co-administração deste, o ECR (resposta eficiente ao consumidor), o VMI (estoque gerenciado pelo vendedor), o CPFR (planejamento colaborativo da previsão e reposição), o postponement (postergação da etapa final do processo produtivo), entre muitas outras (simples ou complexas), buscam através da inovação um caminho para o sucesso.

Em resumo, tem-se claro que fazer Logística, INOVAR, sai caro, mas é fundamental. Assim, parafraseando o poeta, que escreveu “navegar é preciso”, afirmamos que “Inovar é preciso”.

Fonte: www.revistaportuaria.com.br





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