Investimentos em TI devem aumentar em 2015
Executivos de tecnologia começam a fazer suas listas de projetos (e desejos) para o próximo ano. Há uma expectativa grande de que iniciativas envolvendo mobilidade se intensifiquem ainda mais no futuro breve. Isso, por si só, deve puxar uma série de iniciativas paralelas e complementares envolvendo temas como segurança, nuvem, analytics e desenvolvimento de sistemas.
Percebe-se um otimismo no mercado. Mesmo com uma economia praticamente estagnada, os líderes de TI mostram-se animados. Uma pesquisa da Computerworld norte-americana demonstra recuperação nos orçamentos destinados à tecnologia.
Quase metade (43%) em um total de 194 respondentes afirmou que seus orçamentos crescerão. O dado revela uma elevação de 7 pontos percentuais sobre a projeção verificado para 2014. A média de crescimento nos investimentos gira na casa dos 4,3%. Eis alguns tópicos que estão na mesa de discussões de muitos CIOs mundo a fora.
1. Segurança – Está aí uma das prioridades das organizações para o futuro breve. Vimos uma série de notícias ruins (Home Depot, Target, …) sobre roubo de dados chegando à mídia no passado recente. Justamente por isso, que recursos de segurança figuram no radar de 46% dos líderes de tecnologia que participaram do estudo. A lista contempla projetos envolvendo desde ferramentas de controle de acesso, prevenção contra invasões, gestão de identidade e proteção contra vírus e malwares.
Aliás, trata-se de uma área que segue um ritmo constante e intenso em termos de investimento ao longo da última década. O desafio agora visa balancear os níveis de proteção com a agilidade de negócios. Logo, entende-se uma busca por abordagens cada vez mais proativas nessa seara.
2. Nuvem – As empresas seguem um movimento de canalização de investimentos para cloud computing, em detrimento de grandes somas alocadas na construção de suas próprias infraestruturas. Mais de 40% dos respondentes do estudo da Computerworld revelaram que suas organizações investirão mais em software como serviço (SaaS) e um mix de nuvens públicas, privadas e híbridas ao longo de 2015.
Para muitas companhias, a migração para esse novo ambiente não requer investimentos diferentes dos já previstos. Trata-se de uma mudança de bolso. Ao invés de comprarem seus próprios servidores, storages e sistemas, comprarão infraestrutura e softwares pagando as a Service. Mas, obviamente, há algumas exceções, especialmente junto a pequenas e médias organizações, que pulam etapas e, em muitos casos, já vão direto para essa nova arquitetura computacional.
3. Business Analytics – Big data aparece de forma cada vez mais nítida no horizonte das organizações: 38% dos executivos de TI entrevistados disseram que dedicarão mais recursos de tecnologia em ferramentas de análise, mineração de dados e business intelligence no próximo ano. Digitalização das organizações vem como um tema forte para as companhias a partir de agora. Isso se deve a fatores que vão desde a explosão das redes sociais até elementos da internet das coisas (IoT).
4. Desenvolvimento de aplicações – Mais de um terço (38%) dos respondentes indicou que gastará mais dinheiro atualizando ou substituindo aplicações, incluindo app móveis.
5. Conexão sem fio/mobilidade – Os recursos destinados a iniciativas de mobilidade traduzem, até certo ponto, o momento pelo qual passa a indústria. A pesquisa identificou que 35% dos respondentes planeja algum tipo de projeto nesse sentido. Mas, engana-se quem pensa que isso tem relação exclusiva com dispositivos. Os esforços tocarão tecnologias de RFID, ferramentas de acesso remoto, gestão de aplicações à distância e, também, em aplicações mais tradicionais de cobertura de ambientes com redes sem fio e aquisição de aparelhos. Outro fato relaciona-se ainda a estratégias para suportar o movimento de consumerização (BYOD) por parte dos departamentos de TI.
Sem cortes – Mas nem tudo são flores. Os investimentos tendem a declinar em algumas áreas. Hardware, que vive um momento difícil, deve amargar mais um ano complicado. Pela pesquisa 24% dos respondentes sinalizou redução nos gastos com servidores, PCs e outros equipamentos. Com uma inclinação maior para terceirização das operações de TI, 19% dos entrevistados afirmou que projetos de modernização ou substituição de sistemas legados ficará em segundo plano e 16% apontou que pretendem gastar menos com consolidação de data center.
O investimento em softwares instalados também não terá um futuro muito animador em 2015. A pesquisa revela que 15% das empresas espera cortar os gastos com sistemas de ERP e CRM, ferramentas open source, de SOA, sistemas operacionais entre outros. Outra frente que verá cortes nos recursos toca sistemas de comunicação unificada e mensageria.
Prioridade: contenção de despesas – Mesmo com mais dinheiro para investir no próximo ano, 53% dos executivos de TI entrevistados colocaram o fator ‘contenção de despesas’ com uma de suas principais prioridades. Esse quesito vem seguido por automatização de processos de negócio (47%) e otimização dos investimentos já realizados (44%).
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