O que está acontecendo no segmento de terceirização de frotas leve no Brasil?

17 de abril de 2014, by , Posted in Notícias, Comentários desativados

O segmento de Terceirização de frota corporativa no Brasil está em alta. Comparado com mercados mais desenvolvidos e mais aderentes ao conceito de terceirização, temos um enorme potencial de crescimento e isso está atraindo muitas empresas internacionais e mexendo com as nacionais.

Sem sombra de dúvidas, o segmento de Terceirização de frota corporativa está em alta. Comparado com mercados mais desenvolvidos e mais aderentes ao conceito de terceirização, o Brasil tem um enorme potencial de crescimento.

Estima-se que a frota corporativa do Brasil atual seja de 5 milhões de veículos e desses, apenas 7% estão terceirizados. Quando comparado com a Inglaterra onde o percentual é de 47% e Holanda com 58% de veículos terceirizados, percebemos o enorme potencial de crescimento.

Esse potencial, aliado ao próprio desenvolvimento do Brasil como país, vem despertando interesse de empresas internacionais que estão entrando pela primeira vez ou buscando fortalecerem a presença no Brasil e também uma grande corrida para conquistar market share entre as empresas nacionais já estabelecidas.

No Brasil, existem 10 grandes empresas com uma frota total terceirizada estimada em 170 mil veículos e outras menores que somam uma frota de 110 mil veículos. Ou seja, apenas 50% da frota corporativa terceirizada estão com essas 10 maiores, enquanto os outros 50% estão pulverizados com os menores.

Nos Estados Unidos onde o mercado é bem mais consolidado, 93% da frota terceirizada estão com as 4 maiores empresas do segmento e 7% com outras. Tendo isso como base e analisando o que aconteceu com outros segmentos como bancos, por exemplo, podemos assumir que muitas das empresas atuais, deixarão de existir, seja por incapacidade de competirem com as maiores ou por que serão incorporadas por outras.

Contudo, diante de um cenário como esse, é importante que os gestores de frotas, contratantes dos serviços de terceirização, saibam separar o “joio do trigo” e perceber as estratégias de crescimento dessas empresas e quais serão os possíveis impactos no futuro com as decisões tomadas agora.

Acredito que hoje existam empresas que estão buscando crescimento de carteira a todo custo com o objetivo de serem recompensados com uma possível oferta de compra no médio prazo e por isso, vivem um momento bom, mas não sustentável no longo prazo. São as empresas oportunistas com foco em gerar carteira.

Outras empresas que estão mais bem estruturadas e desfrutam de certa hegemonia de mercado estão fazendo pouco para se ajustarem as necessidades de evolução do mercado. São aquelas que acreditam possuírem tantas vantagens com relação aos seus concorrentes que se tornaram lentas em olhar para o mercado e enxergar o que ele realmente precisa.

E outras que estão se estruturando cada vez mais na busca de elevar a percepção por parte do mercado quanto a qualidade dos serviços prestados e soluções diferenciadas que contribuam efetivamente com uma gestão eficiente. São as que num futuro próximo se destacarão e terão um negócio mais sustentável.

Enfim, não existe “almoço grátis” e muitas vezes o suposto barato inicial sai caro na evolução. Terceirização de frota tem como premissa um relacionamento de longo prazo, onde sair no meio do caminho pode custar bem caro e ser bem desgastante.

Por esse motivo, é importante que os gestores continuem buscando preços competitivos (no Brasil esse ainda é o principal motivador da terceirização), mas que não tenha única e exclusivamente essa variável como base para decisão. Procure entender melhor quais são as expectativas futuras do prestador de serviços o que está sendo feito para evolução das soluções oferecidas, quem são as pessoas envolvidas na gestão, dentre outros indicadores.

Estejam certos de que negócio bom tem que ser bom para todas as partes e em terceirização não pode ser diferente. Se está muito bom para um só lado, tem algo estranho!

Fonte: www.administradores.com.br





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