O que podemos esperar do mercado de marketing digital em 2015
O ano de 2015 mal começou e os próximos meses prometem um grande crescimento para o marketing online. Isso, porque temos pela frente um período mais estável, sem grandes eventos, como a Copa do Mundo. O setor de vídeos, mais precisamente a publicidade em vídeo, que já teve um crescimento elevado em 2014, continuará em alta. Prova disso é a popularidade que aplicativos para a publicação de vídeos curtos, como o Vine e o Instagram, estão ganhando. A partir daí já é possível prever como as marcas poderão utilizar esses recursos para chamar a atenção dos usuários. O mercado brasileiro também deve se tornar mais maduro em relação ao ecossistema de mídia programática, com a chegada de novas empresas do setor, por exemplo.
Em 2014, tivemos um cenário atípico e um tanto quanto difícil para o marketing digital no Brasil. A performance de vendas e do próprio mercado no primeiro semestre foi muito superior ao segundo, isso porque as eleições, a Copa do Mundo e a instabilidade da economia fizeram com que o mercado se retraísse muito e de maneira imprevisível. A migração de alguns poucos (mas grandes) anunciantes para a mídia programática foi uma mudança significativa no mercado, além de ser necessário que alguns players se adaptassem, enfatizando ainda mais a importância que esse segmento começa a ter.
Esperava-se que o marketing mobile fosse mais presente ao longo de 2014, mas ele ainda não decolou para o branding de grandes marcas, apesar de ser capaz de gerar oportunidades para diferentes mercados e do consumidor estar aberto para as novidades. O setor tem muitos anunciantes de aplicativos, mas as marcas em si não estão investindo tanto em mobile quanto se esperava. A consultoria Forrester afirma que apenas 5% da verba de marketing das grandes marcas vai para a publicidade em dispositivos móveis e, em 2015, a maioria das marcas deve manter aproximadamente o mesmo budget do ano passado.
Apesar da situação econômica do Brasil não ser positiva, os hábitos dos consumidores este ano tendem a migrar para o online e, com isso, o mercado de mídias digitais deve crescer de maneira desacoplada do resto da economia, o que gera uma oportunidade para que o setor cresça mais que no ano passado. As grandes propriedades de mídia online – portais, principalmente – estão perdendo força, por outro lado, as mídias independentes, como blogs, redes sociais e vlogs, se fortalecerão por meio do ecossistema da mídia programática.
Com todas essas mudanças, estar atento às oportunidades é fundamental, principalmente no que se refere ao marketing de conteúdo, que vai onde a audiência estiver, em todos os lugares onde ela possa procurar. Com o marketing de conteúdo, aliado à mídia tradicional e programática, o mercado tende a se beneficiar devido à menor dispersão da informação e maior eficiência do uso da verba do anunciante. Por outro lado, os publishers com maior audiência de qualidade passam a se beneficiar mais, pois além de a administração da mídia mudar, o valor da audiência também muda, ou seja, quem tem audiência de qualidade passa a ganhar mais e quem tem conteúdo de baixa qualidade, vai ganhar menos, pois a tecnologia sabe que essa audiência é ruim.
Nesse caso, a estratégia se baseia no fato de que, se as empresas entregarem informações relevantes e de valor para os compradores, eles acabam realizando a compra e efetivando negócios com fidelização e lealdade. De acordo com um estudo da Roper Public Affairs, 80% das pessoas que tomam a decisão de compra preferem se informar sobre a empresa através de uma série de artigos em vez de propaganda.
É importante que os profissionais do setor estejam mais preparados. É necessário que eles entendam cada vez mais o mercado e as suas inovações. Para isso, é preciso observar muito o que acontece nos Estados Unidos e na Europa, de forma autodidata, pois o que acontece aqui é reflexo do que ocorre nesses lugares. Os próximos meses prometem grandes desafios, muitos deles já estão aí. E são bons.
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