Sempre há uma luz no fim do túnel. E ela se chama planejamento
Planejar é preciso. E improvisar não é preciso.
O verão chega ao fim de seu primeiro mês com um quadro preocupante para o país, sobretudo na região Sudeste: além da falta d’água que afeta grande parte da população das regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, o risco de apagão aumenta.
Algumas causas ajudam a explicar essa crise hídrica e energética nunca antes vista na história deste país: além dos baixos índices pluviométricos para esta época do ano, pagamos pela falta de previsibilidade e planejamento adequado da infraestrutura e do abastecimento no principal eixo econômico nacional.
No caso das chuvas, a sua escassez se deve, principalmente, aos efeitos do El Niño, fenômeno meteorológico caracterizado pelo aquecimento excessivo das águas do Pacífico Sul, o que, atrelado ao sentido de rotação da Terra, impacta no clima dos territórios a leste do oceano.
Quanto à falta de planejamento adequado da infraestrutura nacional, sofremos com o atraso de projetos ligados à geração de energia elétrica e saneamento básico. Com isso, não só o crescimento econômico sofre com um estrangulamento em seu potencial, mas também pagamos o preço desse atraso: parte nas contas de água e luz, devido aos custos adicionais em buscar fontes alternativas e mais caras de água e energia, parte no aumento dos gastos dos projetos em atraso.
Mudar esse estado de coisas é possível. Basta o Poder Público possuir mais critério e rigor no planejamento de projetos ligados à infraestrutura, fiscalizando a execução das atividades para garantir o fiel cumprimento do escopo no prazo estabelecido, dentro do valor orçado e com a qualidade requerida.
Ademais, surge uma visão de longo prazo dos entes públicos em relação à infraestrutura, o que implica investimentos maciços e contínuos nas áreas de energia, telecomunicações, transportes e abastecimento e gestão profissional dos projetos em carteira, deixando de lado indicações políticas em troca de apoio para projetos de poder. Afinal de contas, um país só cresce de maneira sustentável se estiver apoiado numa sólida base material.
Por fim, e considerando os desdobramentos da Operação Lava-Jato, também urge um pente fino nos projetos de infraestrutura em atraso, a fim de identificar possíveis desvios e seus respectivos beneficiários, uma vez que o desenvolvimento econômico sofre e nós pagamos o custo da procrastinação, proveniente, principalmente, de obras públicas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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